Os Infiltrados (“The Departed”) EUA, 2006, 152 min.
Warner Bros. Pictures
Warner Bros. Pictures
Uma produção Plan B/Initial Entertainment Group/Vertigo Entertainment em associação com Media Asia Films
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: William Monahan
Baseado no filme "Infernal Affairs", dirigido por: Alan Mak e Andrew Lau Wai Keung
Produção: Brad Pitt, Brad Grey, Graham King
Produção Executiva: Roy Lee, Doug Davison, G. Mac Brown, Kristen Hahn, Gianni Nunnari
Direção de Fotografia: Michael Ballhaus
Design de Produção: Kristi Zea
Música: Howard Shore
Co-produção: Joseph Reidy, Michael Aguilar, Rick Schwartz
Edição: Thelma Schoonmaker
Elenco: Leonardo DiCaprio (Billy Costigan), Matt Damon (Colin Sullivan), Jack Nicholson (Frank Costello), Martin Sheen (Queenan), Vera Farmiga (Madeleine), Mark Wahlberg (Dignam), Anthony Anderson (Brown), Ray Winstone (Mr. French), Alec Baldwin (Ellerby), John Cenatiempo (Guinea), Lyman Chen (Robert Yan), Kevin Corrigan (Sobrinho de Billy), Buddy Dolan (Sean), Shay Duffin (Jimmy), Zachary Pauliks (Billy jovem), David O'Hara (Fitzy), Robert Wahlberg (Joyce).
Data de estréia no Brasil: 10 de novembro de 2006.
Remake de um famoso sucesso de Hong-Kong de 2002 (“The Infernal Affairs”), o filme se passa na zona sul de Boston, onde o departamento de polícia de Massachusetts encontra-se numa guerra aberta para derrubar o crime organizado. A chave é acabar “por dentro” com o reinado do poderoso chefão de origem irlandesa Frank Costello (Jack Nicholson, no papel originalmente oferecido a Robert De Niro e recusado por ele). Um jovem cadete, Billy Costigan (Leonardo DiCaprio), que cresceu na zona sul de Boston, é recrutado para infiltrar a gangue de Costello. Enquanto Billy está trabalhando para ganhar a confiança de Costello, outro jovem policial que veio “das ruas”, Colin Sullivan (Matt Damon), está rapidamente ascendendo na hierarquia da polícia estadual. Ganhando uma posição na unidade de investigações especiais, Colin fica entre a elite de oficiais cuja missão é derrubar Costello. Mas o que os seus superiores não sabem é que Colin está trabalhando para Costello, mantendo o chefão do crime por dentro da polícia e um passo à frente dela. Cada homem torna-se, então, profundamente consumido por sua vida dupla, colhendo informações sobre os planos e contra-planos da organização e das operações em que cada um se infiltrou. Mas, quando fica claro tanto para os gângsters quanto para a polícia que eles têm um espião em seu meio, Billy e Colin descobrem-se em constante perigo de serem pegos e expostos para o inimigo. Assim, cada um precisa apressar-se para descobrir a identidade um do outro para salvar-se a si mesmo. Ambos estão no inferno de uma terra de ninguém, entre o céu e o inferno. O título do chinês original “Mou gaan dou” refere-se ao mais baixo nível do inferno no budismo. (Sinopse traduzida da página oficial da produção)
O filme está sendo saudado como a “volta” de Scorsese, após produções que mais parecem querer agradar aos votantes da Academia que elegerão os ganhadores dos “Oscars” – particularmente Gangues de Nova York (2002) e O Aviador (2004). Os Infiltrados, pela violência e pela profundidade psicológica, está mais para Táxi Driver (1976), Os Bons Companheiros (1990), Cabo do Medo (1991) e Casino (1995). Tem-se, nesta mais recente obra, a crime-fiction com ares de tragédia. O roteirista é William Monahan (o mesmo de Cruzada). Essa história, envolvendo os choques entre dever e lealdade, honra, o individual e o coletivo, traição, etc., em uma trama onde as diferentes linhas de personagens e de ação se cruzam como que em uma imagem refletida por espelho (onde o “outro” é o “mesmo”, porém, com lados invertidos) é comum nos filmes policiais de origem oriental – basta ver John Woo – e também apreciada por Quentin Tarantino (Cães de Aluguel) e Michael Mann (Fogo Contra Fogo). No geral, a temática e a estruturação narrativa baseadas no duplo, é algo bem apreciado não só em “policiais”, mas também nos westerns, tendo sua origem na literatura romântica onde honra e lealdade – e seus dilemas e contradições – era preocupação preponderante.
Já podemos ver que o título em Português é bem “chinfrim”; o inglês é melhor, mais dramático profundo e plurissignificativo: os partidos, os idos, os enviados, os despachados, os afastados, os passados (no sentido de tempo) e, o que é a melhor conotação, os mortos. Por mais que seja difícil a tradução da polissemia de departed de língua para língua, bem que poderiam ter escolhido um título português “unissêmico” mas de forte significação dramática, não necessariamente começando com “os” + algum adjetivo.
É esperar para ver.
Elenco: Leonardo DiCaprio (Billy Costigan), Matt Damon (Colin Sullivan), Jack Nicholson (Frank Costello), Martin Sheen (Queenan), Vera Farmiga (Madeleine), Mark Wahlberg (Dignam), Anthony Anderson (Brown), Ray Winstone (Mr. French), Alec Baldwin (Ellerby), John Cenatiempo (Guinea), Lyman Chen (Robert Yan), Kevin Corrigan (Sobrinho de Billy), Buddy Dolan (Sean), Shay Duffin (Jimmy), Zachary Pauliks (Billy jovem), David O'Hara (Fitzy), Robert Wahlberg (Joyce).
Data de estréia no Brasil: 10 de novembro de 2006.
Remake de um famoso sucesso de Hong-Kong de 2002 (“The Infernal Affairs”), o filme se passa na zona sul de Boston, onde o departamento de polícia de Massachusetts encontra-se numa guerra aberta para derrubar o crime organizado. A chave é acabar “por dentro” com o reinado do poderoso chefão de origem irlandesa Frank Costello (Jack Nicholson, no papel originalmente oferecido a Robert De Niro e recusado por ele). Um jovem cadete, Billy Costigan (Leonardo DiCaprio), que cresceu na zona sul de Boston, é recrutado para infiltrar a gangue de Costello. Enquanto Billy está trabalhando para ganhar a confiança de Costello, outro jovem policial que veio “das ruas”, Colin Sullivan (Matt Damon), está rapidamente ascendendo na hierarquia da polícia estadual. Ganhando uma posição na unidade de investigações especiais, Colin fica entre a elite de oficiais cuja missão é derrubar Costello. Mas o que os seus superiores não sabem é que Colin está trabalhando para Costello, mantendo o chefão do crime por dentro da polícia e um passo à frente dela. Cada homem torna-se, então, profundamente consumido por sua vida dupla, colhendo informações sobre os planos e contra-planos da organização e das operações em que cada um se infiltrou. Mas, quando fica claro tanto para os gângsters quanto para a polícia que eles têm um espião em seu meio, Billy e Colin descobrem-se em constante perigo de serem pegos e expostos para o inimigo. Assim, cada um precisa apressar-se para descobrir a identidade um do outro para salvar-se a si mesmo. Ambos estão no inferno de uma terra de ninguém, entre o céu e o inferno. O título do chinês original “Mou gaan dou” refere-se ao mais baixo nível do inferno no budismo. (Sinopse traduzida da página oficial da produção)
O filme está sendo saudado como a “volta” de Scorsese, após produções que mais parecem querer agradar aos votantes da Academia que elegerão os ganhadores dos “Oscars” – particularmente Gangues de Nova York (2002) e O Aviador (2004). Os Infiltrados, pela violência e pela profundidade psicológica, está mais para Táxi Driver (1976), Os Bons Companheiros (1990), Cabo do Medo (1991) e Casino (1995). Tem-se, nesta mais recente obra, a crime-fiction com ares de tragédia. O roteirista é William Monahan (o mesmo de Cruzada). Essa história, envolvendo os choques entre dever e lealdade, honra, o individual e o coletivo, traição, etc., em uma trama onde as diferentes linhas de personagens e de ação se cruzam como que em uma imagem refletida por espelho (onde o “outro” é o “mesmo”, porém, com lados invertidos) é comum nos filmes policiais de origem oriental – basta ver John Woo – e também apreciada por Quentin Tarantino (Cães de Aluguel) e Michael Mann (Fogo Contra Fogo). No geral, a temática e a estruturação narrativa baseadas no duplo, é algo bem apreciado não só em “policiais”, mas também nos westerns, tendo sua origem na literatura romântica onde honra e lealdade – e seus dilemas e contradições – era preocupação preponderante.
Já podemos ver que o título em Português é bem “chinfrim”; o inglês é melhor, mais dramático profundo e plurissignificativo: os partidos, os idos, os enviados, os despachados, os afastados, os passados (no sentido de tempo) e, o que é a melhor conotação, os mortos. Por mais que seja difícil a tradução da polissemia de departed de língua para língua, bem que poderiam ter escolhido um título português “unissêmico” mas de forte significação dramática, não necessariamente começando com “os” + algum adjetivo.
É esperar para ver.
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