Por Cris
Sem dúvida alguma, O Maior Amor do Mundo (Brasil, 2006) pode ser considerado um filme direcionado para o grande público. E isso está longe de ser um defeito, muito pelo contrário. Essa obra de Cacá Diegues é capaz de emocionar a massa. Muitos certamente considerarão o filme piegas, mas por que o clichê deve ser sempre visto como algo execrável?
Quando Mãe Santinha (anteriormente conhecida por Zezé, personagem de Léa Garcia) tira a sorte de Antônio (José Wilker) e diz que ele sofre de amor, “do maior amor do mundo”, e que pode trazê-la (?) de volta, tanto o personagem quanto o espectador riem-se do ato exploratório da negra – afinal, Antônio nunca havia tido mulher alguma e morreria dali a uma semana. Porém, aquele que ainda não havia sofrido por amor ou por outro sentimento qualquer, aquele que passara pela vida como que culpado pela mesma simplesmente por ter nascido, aquele que vivera até então de forma desapercebida e não se envolvera com mulheres, tampouco com política ou mesmo com os próprios pais – nem mesmo no enterro da mãe adotiva ele compareceu – passa a sofrer no momento em que se descobre moribundo e, conseqüentemente, começa aí a viver. Nesse sentido, Mãe Santinha, como a prenunciadora da verdade, tinha razão. Antônio passa a sofrer, realmente, do maior amor do mundo, o qual acaba por se desdobrar em dois: o amor por sua mãe biológica, a qual será revelada ao longo da narrativa, e por sua única mulher, Luciana (Taís Araújo). Em ambos os casos, o dois - a união - gera um terceiro. É bem verdade que esse tema não é nada original, mas... e daí? Hoje em dia existe uma pressão exagerada pela originalidade... O filme consegue ser simples e bonito, isso é o que importa. Apesar da simbologia despretensiosa e da atuação nada brilhante – porém satisfatória – de Wilker, Cacá Diegues foi extremamente feliz em especificamente um aspecto, uma das maiores carências do cinema brasileiro: o roteiro, o qual, devemos concordar, é no mínimo competente.
O Maior Amor do Mundo possui cenas bastante comoventes (como a da morte do simpático Mosca e a do nascimento da personagem principal) e divertidas (a transa de Luciana e Antônio, por exemplo). É catártico e, portanto, não pode ser considerado ruim. É bem verdade que o filme está longe de ser uma obra-prima do cinema brasileiro, mas essa, sem dúvida nem, é a intenção: ele cumpre com muita eficiência o quesito bom entretenimento. Por isso, uma dica para quem deseja assistir ao filme: vá ao cinema sem grandes expectativas e deixe-se comover. Assim, você sairá de lá com a sensação de que também pode encontrar (se é que já não encontrou...) o maior amor do seu mundo. Excelente para assistir ao lado da pessoa amada comendo pipoca!
Quando Mãe Santinha (anteriormente conhecida por Zezé, personagem de Léa Garcia) tira a sorte de Antônio (José Wilker) e diz que ele sofre de amor, “do maior amor do mundo”, e que pode trazê-la (?) de volta, tanto o personagem quanto o espectador riem-se do ato exploratório da negra – afinal, Antônio nunca havia tido mulher alguma e morreria dali a uma semana. Porém, aquele que ainda não havia sofrido por amor ou por outro sentimento qualquer, aquele que passara pela vida como que culpado pela mesma simplesmente por ter nascido, aquele que vivera até então de forma desapercebida e não se envolvera com mulheres, tampouco com política ou mesmo com os próprios pais – nem mesmo no enterro da mãe adotiva ele compareceu – passa a sofrer no momento em que se descobre moribundo e, conseqüentemente, começa aí a viver. Nesse sentido, Mãe Santinha, como a prenunciadora da verdade, tinha razão. Antônio passa a sofrer, realmente, do maior amor do mundo, o qual acaba por se desdobrar em dois: o amor por sua mãe biológica, a qual será revelada ao longo da narrativa, e por sua única mulher, Luciana (Taís Araújo). Em ambos os casos, o dois - a união - gera um terceiro. É bem verdade que esse tema não é nada original, mas... e daí? Hoje em dia existe uma pressão exagerada pela originalidade... O filme consegue ser simples e bonito, isso é o que importa. Apesar da simbologia despretensiosa e da atuação nada brilhante – porém satisfatória – de Wilker, Cacá Diegues foi extremamente feliz em especificamente um aspecto, uma das maiores carências do cinema brasileiro: o roteiro, o qual, devemos concordar, é no mínimo competente.
O Maior Amor do Mundo possui cenas bastante comoventes (como a da morte do simpático Mosca e a do nascimento da personagem principal) e divertidas (a transa de Luciana e Antônio, por exemplo). É catártico e, portanto, não pode ser considerado ruim. É bem verdade que o filme está longe de ser uma obra-prima do cinema brasileiro, mas essa, sem dúvida nem, é a intenção: ele cumpre com muita eficiência o quesito bom entretenimento. Por isso, uma dica para quem deseja assistir ao filme: vá ao cinema sem grandes expectativas e deixe-se comover. Assim, você sairá de lá com a sensação de que também pode encontrar (se é que já não encontrou...) o maior amor do seu mundo. Excelente para assistir ao lado da pessoa amada comendo pipoca!
Um comentário:
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