O documentário científico esteve nas origens e primeiros passos do cinematógrafo. O cinema nos ajudou a ver e a compreender – de um ponto de vista jamais antes alcançado – as particularidades do mundo natural. Recursos como o primeiro plano e a câmera lenta ajudaram muito biólogos, geógrafos, botânicos, oceanógrafos – sem contar o caráter de divulgação: qualquer pessoa, em qualquer lugar do planeta, poderia ver elementos de fauna, flora e terreno de localidades distantes e das mais diversas que jamais teria oportunidade de conhecer em outras circunstâncias. O cinema educativo, como modo de conhecimento e experiência. O cinema nos ensinou a olhar para a natureza com uma outra fascinação, uma fascinação que andava perdida ou uma nova fascinação.
Agora, presenciamos a segunda etapa dessa revolução. Já escrevi, em outros textos a respeito da nova tecnologia de exibição em 3D, o quanto muitos paradigmas da linguagem cinematográfica podem ser questionados graças a ela, o quanto da estética da sétima arte deverá ser repensada e atualizada com o advento da terceira dimensão. Se o cinema em si, nos seus pouco mais de 100 anos de existência, ainda está engatinhando nos seus potenciais comunicativos, expressivos e estéticos (em comparação com a história milenar das outras formas de arte), imagine-se agora com o surgimento de uma tecnologia tão incrível como o 3D. O alcance dos seus potenciais é tão alto que qualquer coisa que pensemos a respeito deles não passará de meros vislumbres proféticos.
O que me conforta e anima extraordinariamente é saber que o 3D está vivenciando ainda sua fase “Lumière”. Mas, algum dia, aparecerá um “Kubrick” do 3D; um novo Hitchcock, Eisenstein, Griffith ou André Bazin que saberão extrair o potencial artístico das novas tecnologias. O que sobrevirá daí está além dos nossos sonhos cinéfilos mais loucos... Por ora, o entusiasmo se dirige às obras pioneiras no esboço de uma nova linguagem e uma nova (re)descoberta do mundo: caso de Fundo do Mar 3D (“Under the Sea 3D”, EUA / Canadá, 2009, dir.: Howard Hall). Este filme, além de ser mais uma incrível mostra da terceira dimensão no cinema, inaugura a primeira sala I-Max do Brasil, no Espaço Unibanco de Cinema do Shopping Bourbon Pompéia, em São Paulo.
O I-Max faz parte das mais novas esperanças da indústria cinematográfica em se manter viva e respirando com folga. Trata-se de um novo formato de filme que pode ser exibido em telas de proporções colossais. A de São Paulo possui 14 metros de altura e 21 metros de comprimento. A união do I-Max com o 3D resulta numa experiência sensorial impagável. A tela ocupa todo o campo de visão do espectador com os óculos especiais e sentado a uma distância média. Em alguns momentos, é até necessário virar um pouco a cabeça para captar melhor detalhes de objetos nas laterais. Quem desqualifica tais experiências dizendo que elas são mais sensoriais do que artísticas nunca deve ter assistido a um filme de Stanley Kubrick (especialmente 2001 – Uma Odisséia no Espaço) ou de qualquer vanguardista. O sensorial e o artístico estão intimamente conectados.
Agora, presenciamos a segunda etapa dessa revolução. Já escrevi, em outros textos a respeito da nova tecnologia de exibição em 3D, o quanto muitos paradigmas da linguagem cinematográfica podem ser questionados graças a ela, o quanto da estética da sétima arte deverá ser repensada e atualizada com o advento da terceira dimensão. Se o cinema em si, nos seus pouco mais de 100 anos de existência, ainda está engatinhando nos seus potenciais comunicativos, expressivos e estéticos (em comparação com a história milenar das outras formas de arte), imagine-se agora com o surgimento de uma tecnologia tão incrível como o 3D. O alcance dos seus potenciais é tão alto que qualquer coisa que pensemos a respeito deles não passará de meros vislumbres proféticos.
O que me conforta e anima extraordinariamente é saber que o 3D está vivenciando ainda sua fase “Lumière”. Mas, algum dia, aparecerá um “Kubrick” do 3D; um novo Hitchcock, Eisenstein, Griffith ou André Bazin que saberão extrair o potencial artístico das novas tecnologias. O que sobrevirá daí está além dos nossos sonhos cinéfilos mais loucos... Por ora, o entusiasmo se dirige às obras pioneiras no esboço de uma nova linguagem e uma nova (re)descoberta do mundo: caso de Fundo do Mar 3D (“Under the Sea 3D”, EUA / Canadá, 2009, dir.: Howard Hall). Este filme, além de ser mais uma incrível mostra da terceira dimensão no cinema, inaugura a primeira sala I-Max do Brasil, no Espaço Unibanco de Cinema do Shopping Bourbon Pompéia, em São Paulo.
O I-Max faz parte das mais novas esperanças da indústria cinematográfica em se manter viva e respirando com folga. Trata-se de um novo formato de filme que pode ser exibido em telas de proporções colossais. A de São Paulo possui 14 metros de altura e 21 metros de comprimento. A união do I-Max com o 3D resulta numa experiência sensorial impagável. A tela ocupa todo o campo de visão do espectador com os óculos especiais e sentado a uma distância média. Em alguns momentos, é até necessário virar um pouco a cabeça para captar melhor detalhes de objetos nas laterais. Quem desqualifica tais experiências dizendo que elas são mais sensoriais do que artísticas nunca deve ter assistido a um filme de Stanley Kubrick (especialmente 2001 – Uma Odisséia no Espaço) ou de qualquer vanguardista. O sensorial e o artístico estão intimamente conectados.
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