segunda-feira, junho 29, 2009

O Exterminador do Futuro: A Salvação


E não é que a saga continua muito viva? E olha que pode dar ainda mais frutos. É claro que, sem Arnold Schwarzenegger, algumas coisas precisaram ser reinventadas. Mas estas foram pensadas sabiamente como conseqüências lógicas do desenrolar da fábula. Mesmo a ausência do “governator” foi presentificada no filme de um modo bastante surpreendente, com uma coerência que, talvez como efeito colateral, tenha saído até melhor que a dos filmes anteriores – viva a CGI. Mais do que isso eu não revelo.

O Exterminador do Futuro: A Salvação (EUA, 2009) também surpreende em acabar se saindo melhor do que se poderia esperar vindo de um “cineasta” que atenda pela alcunha de McG e que tenha dirigido As Panteras (2000). Parece uma ficção dos tempos antigos (leia-se: anos 80); ao contrário dos “Transformers” de Michael Bay, este “Exterminador” não tenta exterminar a paciência e a inteligência do espectador – pelo menos, não além da medida do que seria razoável para o gênero.

Este filme parece ter sido feito mesmo para os velhos fãs do “Terminator” e das ficções científicas de outros e mais criativos tempos (de novo a década de 1980, como não podia deixar de ser). A trilha sonora de Danny Elfman (braço direito de Tim Burton) está ótima, como sempre; o elenco também é bem interessante, com destaque para Helena Bonham Carter (a Sra. Tim Burton) e para o velho Michael Ironside – grande figura da Sci-Fi: trabalhou com os mestres Paul Verhoeven (O Vingador do Futuro - 1990 e Tropas Estelares - 1997) e David Cronenberg (Scanners – 1981),

sem contar o eterno Ham Tyler vivido por ele na clássica (e esquecida) minissérie V: A Batalha Final (1984), a qual também tratava de movimentos de resistência. Com isso, vemos o quanto este filme é dotado de referências que podem não se perceber nos trailers ou campanhas de marketing. Os efeitos sonoros das máquinas assassinas neste “Exterminador” assustam tanto – na sala escura, logicamente – quanto não se via desde a Guerra dos Mundos (2005), de Spielberg, o que contribui muito para a atmosfera opressiva de um futuro pós-apocalíptico.

São também apetitosas as múltiplas citações às outras fitas da série “Terminator” (de 1984, 1992 e 2003, respectivamente). Essas jogadas trarão múltiplas alegrias aos fãs mais fiéis, mas aquilo que faz o melhor deste filme eu não revelarei explicitamente. Vou deixar como sugestão para quem quiser ver, dizendo apenas que este Exterminador pode ser definido e resumido numa sentença bem simples. Aí vai: “Terminator meets Robocop and Mad Max”. Viva os anos 80!

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