X-Men Origens: Wolverine (EUA, 2009, dir.: Gavin Hood) é como os três filmes sobre os X-Men (2000, 2003, 2006): alguns elementos interessantes não deixam de se fazer presentes, mas no conjunto a coisa não chega lá – ao nível que as melhores histórias desses personagens já chegaram. Para sermos mais exatos, no caso aqui é bem mais difícil achar coisas felizes do que aquelas que nos fazem dizer: “xiii”... Dentre as primeiras, vale a pena citar a caracterização do Dentes-de-Sabre (Liev Schreiber) – o “duplo” do anti-herói das garras de adamantium – apesar de a sua imagem não corresponder ao Victor Creed clássico dos quadrinhos.
Agora, dentre os desacertos do filme, ficarei apenas em um, talvez o mais grave – e desnecessário, o que só faz por aumentar a sua gravidade. As grandes super-produções de hoje, graças aos avanços da tecnologia dos efeitos especiais computadorizados, costumam trabalhar muito as cenas de ação usando planos bastante abertos, com vistas a aumentar o arrebatamento emocional (catarse) e a sensação de testemunho real (verossimilhança) por parte do espectador. Explico. Tomemos como exemplo uma hipotética cena de luta entre dois personagens. Quando não é possível ensinar os dois atores a lutar kung fu, ou colocar na tela dois dublês computadorizados fazendo acrobacias sobre-humanas, tudo se resolve facilmente por uns truques de montagem e de enquadramento em planos fechados.
Hoje em dia, num “blockbuster” de Hollywood, essa solução pareceria certamente constrangedora. No entanto, mais constrangedor é utilizar quase que o tempo todo efeitos de CG (computação gráfica) visivelmente pobres. Há duas ou três cenas neste filme, pelo menos, ridiculamente toscas; piores do que as do Homem-Aranha de Sam Raimi. Sendo assim, por que não poupar dinheiro e fazer efeitos especiais à moda antiga – mais concreta e menos longe da “realidade”, digamos assim? Ainda que as impressões causadas não fiquem muito de acordo com o que normalmente se vê nas telas de nosso tempo, se formos tomar o conjunto do cinema (incluindo os clássicos), a fita em questão não fará muito feio.
Mas, por suas escolhas, acredito que a aventura-solo de Wolverine perde bastante dignidade. Uma pena.
Agora, dentre os desacertos do filme, ficarei apenas em um, talvez o mais grave – e desnecessário, o que só faz por aumentar a sua gravidade. As grandes super-produções de hoje, graças aos avanços da tecnologia dos efeitos especiais computadorizados, costumam trabalhar muito as cenas de ação usando planos bastante abertos, com vistas a aumentar o arrebatamento emocional (catarse) e a sensação de testemunho real (verossimilhança) por parte do espectador. Explico. Tomemos como exemplo uma hipotética cena de luta entre dois personagens. Quando não é possível ensinar os dois atores a lutar kung fu, ou colocar na tela dois dublês computadorizados fazendo acrobacias sobre-humanas, tudo se resolve facilmente por uns truques de montagem e de enquadramento em planos fechados.
Hoje em dia, num “blockbuster” de Hollywood, essa solução pareceria certamente constrangedora. No entanto, mais constrangedor é utilizar quase que o tempo todo efeitos de CG (computação gráfica) visivelmente pobres. Há duas ou três cenas neste filme, pelo menos, ridiculamente toscas; piores do que as do Homem-Aranha de Sam Raimi. Sendo assim, por que não poupar dinheiro e fazer efeitos especiais à moda antiga – mais concreta e menos longe da “realidade”, digamos assim? Ainda que as impressões causadas não fiquem muito de acordo com o que normalmente se vê nas telas de nosso tempo, se formos tomar o conjunto do cinema (incluindo os clássicos), a fita em questão não fará muito feio.
Mas, por suas escolhas, acredito que a aventura-solo de Wolverine perde bastante dignidade. Uma pena.
EU FICO DECEPCIONADO COM ESSA RIDÍCULA PREOCUPAÇÃO EM SÓ FAZER EFEITOS VISUAIS GRANDIOSOS E DEIXAR CONTEÚDO EM SEGUNDO PLANO.
ResponderExcluirOlha, gosto muitos dos X-Men (até o terceiro), principalmente o 2. Mas to com o pé muito atrás com este Wolverine...
ResponderExcluirCiao!
Gosto da trilogia "X-Men", mas achei "Wolverine" muito distante do resto do série. Tanto em relaçao ao roteiro, que não justifica nada, apenas põe na tela, e seus efeitos visuais, ridiculamente concebidos.
ResponderExcluirEste filme me surpreendeu mesmo! Eu não esperava que fosse tão meia-boca...
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